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domingo, 20 de maio de 2012

Recurso do BID pode ir para instalação de portos secos

Empreendimentos que se instalarem na ZPE também poderão ser contemplados pelo programa

Os recursos provenientes do Programa de Desenvolvimento do Produtivo (Prodepro), desenvolvido através de parceria entre o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), poderão ser utilizados para a instalação de portos secos e distritos industriais, no Estado, nos pontos de encontro entre ferrovia Transnordestina e rodovias estaduais e federais. O anúncio foi feito ontem pelo governador Cid Gomes, segundo o qual a administração estadual tem a intenção de criar três postos secos no Ceará - nas regiões Norte, Cariri e Sertão Central.

Governadores nordestinos

Governadores e presidentes dos bancos se reuniram na tarde de ontem Foto: Natitnho Rodrigues

Conforme o Diário do Nordeste mostrou ontem, com exclusividade, o Prodepro tem como meta financiar projetos produtivos novos ou em andamento na Região, sobretudo aqueles que se encontram parados ou emperrados, por gargalos de infraestrutura econômica. Através do programa, são disponibilizados, por meio de financiamento, US$ 600 milhões provenientes do BID, com contrapartida de igual monta do Banco do Nordeste.

Ainda sem definição

De acordo com o chefe do Executivo, ainda não estão definidos quais projetos específicos do Estados poderão ser contemplados pelos recursos. "Isso demandará algum tempo. Por mais ágil que seja, pelos menos dois, três meses, no mínimo, nós teremos para pensar em quais serão os investimentos", apontou.

Ele antecipa, porém, que os recursos previstos pelo programa também poderão ser voltados, por exemplo, para empreendimentos na Zona de Processamento de Exportação (ZPE). "Nós estamos instalando a ZPE, que tem Siderúrgica (CSP), mas, para além disso, nós queremos uma outra área que possa atrair outros empreendimentos que tenham como foco pelo menos 80% da sua produção voltara para exportação", ressaltou.

Fac-símile

Fac-símile da edição de ontem, quando o Diário adiantou o financiamento de US$ 600 milhões do BID, com contrapartida de igual monta do BNB

Elaboração de projetos

O governador comentou ainda que os recursos, embora, quando forem divididos entre os nove estados da Região, não sejam tão expressivos, são importantes para financiar a elaboração de projetos - ponto que precisa ser aprimorado no Ceará. "Muitas vezes você tem linhas de financiamento disponíveis, mas falta ao poder público bons projetos que possam ser implementados num prazo breve ou dentro do que se estima para essas linhas que são oferecidas". O financiamento pode se destinar à elaboração de projetos de engenharia, de EIA/Rima e editais de licitação.

Os detalhes do Prodepro foram debatidos ontem em reunião entre Cid, os outros governadores do Nordeste, o presidente do BID, Luis Alberto Moreno e Jurandir Santiago.

Crédito para o Nordeste pode chegar a U$ 2,4 bi

Após reunião entre todos governadores do Nordeste e os presidentes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, e do Banco do Nordeste (BNB), Jurandir Santiago, o governador Cid Gomes afirmou que foi formalizado um pedido ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que incremente o volume destinado ao financiamento de ações no Nordeste. Conforme o gestor, além dos U$ 1,2 bilhão previstos pelo Programa de Desenvolvimento Produtivo (Prodepro), o BNDES poderá acrescentar mais U$ 1,2 bilhão ao montante, totalizando U$ 2,4 bilhões à Região.

Segundo o presidente do BNB, o programa é destinado a projetos de infraestrutura complementar - para dar suporte a empreendimentos de grande porte - e para o financiamento de iniciativas privadas que se instalem próximas a essas estruturas maiores. "Aí, há (investimentos) mais diversos, ferrovias, estradas, ZPEs são exemplos", ilustra Jurandir Santiago.

Prioridades

"Conversamos que essas prioridades sejam definidas por cada governo estadual, considerando sua prioridade, mas buscando sempre a integração entre os estados do Nordeste, para que sejam potencializar os resultados dos investimentos", acrescentou o presidente do BNB.

Outro "eixo" do programa, afirmou, são ações voltadas para a atração de investimentos internacionais para a Região. O processo, disse, poderá se dar por meio de concessões ou parcerias público-privadas, por exemplo.

Prazos

O prazo de financiamento é de até 20 anos, com carência de quatro anos para início do pagamento. O programa prevê juros de 0,60% mais taxa Libor - taxa preferencial de juros para grandes empréstimos. (JM)

JOÃO MOURA
REPÓRTER

Assistimos a entrevista do governador exaltando pontos de interseção entre as rodovias e a ferrovia. Com a aproximação política entre Cid Gomes e o deputado Wellington Landim - não admirem se no Cariri o município escolhido for Brejo Santo, que tem BR-116 e Ferrovia Transnordestina. Achamos justo, porém é imprecindível que a RMC seja contemplada com Porto Seco e Distrito Industrial próximos a Ferrovia Transnordestina e isso  naturalmente nos remete a candidatura do Quimami - Marco Zero da Ferrovia, porém sem infraestrutura rodoviária, necessitaria a construção de uma rodovia, fato não mencionado por Cid Gomes. O inusitado é que Crato e JN dessa vez pouco poderão pleitear. Existiria a hipótese de JN "puxar" um Ramal  Ferroviário até as proximidades do Aeroporto, fato pouco provável quando se tem um prefeito e deputados  federais como nós temos...

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